Pular para o conteúdo
Início » Os 5 Títulos mais Inspirados (ou Plagiados) de Mortal Kombat

Os 5 Títulos mais Inspirados (ou Plagiados) de Mortal Kombat

Quando Mortal Kombat estreou em 1992, não foi apenas outro título no crescente universo dos jogos de luta; foi uma revolução. Com personagens digitalizados de atores reais, uma jogabilidade inovadora e, claro, as polêmicas e inesquecíveis “fatalities“, o jogo causou alvoroço no mercado e gerou manchetes em todo o mundo.

Mortal Kombat não apenas elevou o padrão para o que os jogos de luta poderiam ser, mas também estabeleceu um novo benchmark para o que eles poderiam representar em termos de conteúdo e estilo. Este não era um jogo de luta comum – era algo ousado, diferente e, para muitos, viciante.

Como acontece com qualquer sucesso estrondoso, a ascensão de Mortal Kombat ao estrelato atraiu a atenção de desenvolvedores de todo o mundo. Muitos viram uma oportunidade de ouro para capitalizar sobre a febre Mortal Kombat e, assim, uma onda de títulos inspirados – alguns poderiam até dizer plagiados – começou a inundar o mercado. Cada um desses jogos buscava capturar um pedaço do sucesso de Mortal Kombat, tentando imitar sua fórmula vencedora ou trazer seus próprios toques únicos para a mesa.

No entanto, embora a inspiração seja a forma mais sincera de nostalgia, nem todos esses jogos conseguiram capturar a magia do original. Agora, vamos mergulhar nos cinco jogos que mais claramente tentaram seguir os passos de Mortal Kombat, explorando suas semelhanças, diferenças e o legado que deixaram para trás.

1. Kasumi Ninja (1994) – Atari Jaguar

Kasumi Ninja (1994) - Atari Jaguar
Fonte: Internet

Lançado em 1994 para o Atari Jaguar, Kasumi Ninja se apresentou como uma tentativa de o console mostrar sua capacidade no gênero de jogos de luta. O jogo introduzia um elenco diversificado de lutadores, cada um com sua própria história e, é claro, uma série de movimentos especiais e finalizadores.

Quando olhamos para a jogabilidade e o estilo de combate de Kasumi Ninja, as semelhanças com Mortal Kombat são inegáveis. Os personagens, apesar de terem histórias originais, têm estilos de luta que lembram claramente os icônicos lutadores de Mortal Kombat. Além disso, o jogo incorporou os sangrentos “movimentos de finalização”, semelhantes às “fatalities” que tornaram Mortal Kombat famoso.

No entanto, ao contrário de Mortal Kombat, que foi aclamado por sua jogabilidade inovadora e história envolvente, Kasumi Ninja enfrentou uma série de críticas. Muitos consideraram sua jogabilidade desajeitada e menos intuitiva. Além disso, a tentativa de replicar a violência gráfica de Mortal Kombat muitas vezes foi vista como forçada ou excessiva, ao invés de complementar a experiência do jogo.

Em termos de recepção no mercado, Kasumi Ninja teve vendas modestas, mas não chegou nem perto do fenômeno que foi Mortal Kombat. As críticas mistas e a percepção de que o jogo era simplesmente uma imitação inferior contribuíram para seu status menos do que estelar no mundo dos jogos de luta.

2. Tattoo Assassins (1994) – Nunca lançado oficialmente

Em 1994, em meio à febre dos jogos de luta e à sombra do sucesso esmagador de Mortal Kombat, uma nova entrada estava se preparando para entrar na arena: Tattoo Assassins. Este jogo misterioso carrega uma história tão interessante quanto os jogos que tentava emular.

Desenvolvido pela Data East, Tattoo Assassins foi uma tentativa ambiciosa de capitalizar o sucesso de Mortal Kombat. O jogo prometia uma vasta gama de “fatalidades”, na verdade, mais de 2.000 finalizações, uma cifra que ultrapassava de longe o que qualquer outro jogo oferecia na época. As fatalidades eram tanto bizarras quanto humorísticas, desde transformar oponentes em pedaços de bacon até sequências hilárias de dança.

A intenção era clara: rivalizar diretamente com Mortal Kombat, talvez até superá-lo. Mas, enquanto Tattoo Assassins tinha ambição de sobra, também tinha problemas. Durante o desenvolvimento, o jogo enfrentou inúmeros desafios, desde a falta de direção clara até disputas internas. A jogabilidade, apesar de suas muitas “fatalidades“, foi considerada inferior à de seus contemporâneos.

Eventualmente, após uma série de versões beta testadas em locais selecionados, a Data East decidiu cancelar o lançamento oficial de Tattoo Assassins. Embora nunca tenha sido lançado comercialmente, sua existência em torno de suas inúmeras fatalidades o tornaram notório no mundo dos games. Para muitos entusiastas e historiadores de videogames, Tattoo Assassins é visto como um exemplo de como o desejo de capitalizar sobre uma tendência, sem foco claro ou execução adequada, pode levar a um projeto fracassado. Ainda assim, o jogo permanece como uma nostálgica peça de história, um vislumbre de um caminho não percorrido no mundo dos jogos de luta.

3. Way of the Warrior (1994) – 3DO

Em 1994, a 3DO Company decidiu lançar seu próprio título para se juntar à febre de jogos de luta, apresentando Way of the Warrior. O jogo, lançado exclusivamente para o console 3DO, tinha uma proposta audaciosa: misturar elementos inovadores com ingredientes que já haviam se mostrado bem-sucedidos em jogos consagrados.

Uma das características mais marcantes de Way of the Warrior era o uso de gráficos digitalizados. Semelhante à abordagem de Mortal Kombat, o jogo apresentava personagens reais digitalizados para criar lutadores dentro do jogo. Essa escolha de design ofereceu uma sensação de realismo, ao mesmo tempo em que se alinhava com a tendência da época.

Com um elenco diversificado de lutadores, o jogo se destacou por seus cenários exóticos e personagens com origens e estilos de luta únicos. Cada lutador tinha suas próprias habilidades e movimentos especiais, muitos dos quais eram surpreendentemente reminiscentes dos movimentos vistos em Mortal Kombat.

A jogabilidade, no entanto, foi onde Way of the Warrior encontrou críticas mistas. Embora oferecesse uma experiência de luta decente, muitos jogadores e críticos sentiram que faltava a fluidez e o polimento de títulos mais estabelecidos no mercado. Ainda assim, não se pode negar o impacto de Mortal Kombat no design e na direção de Way of the Warrior, evidenciando mais uma vez o poder e a influência que o título da Midway Games exerceu sobre seus contemporâneos.

4. Survival Arts (1993) – Arcade

Survival Arts irrompeu no mundo dos arcades em 1993, no auge da era dourada dos jogos de luta. Criado pela Sammy, este título tentou dar um passo além, misturando elementos clássicos do gênero com algumas surpresas. Com uma temática de luta mortal por domínio e poder, Survival Arts rapidamente chamou a atenção de muitos entusiastas dos arcades.

Uma das características mais notáveis era a sua semelhança gráfica com Mortal Kombat. Assim como o título icônico, Survival Arts empregava gráficos digitalizados, trazendo atores reais para o mundo virtual. Esse realismo visual, combinado com cenários detalhados e vibrantes, era certamente um atrativo para os jogadores da época.

Ainda mais evidente era a inspiração de Mortal Kombat nos movimentos de finalização do jogo. Survival Arts apresentava uma variedade de movimentos brutais e chocantes que terminavam lutas de maneira espetacular, um aceno claro ao famoso sistema de “fatalities” de Mortal Kombat.

No entanto, apesar de suas semelhanças claras, Survival Arts tinha uma tarefa difícil pela frente. Competindo diretamente nos arcades com Mortal Kombat e outros gigantes do gênero, o jogo acabou por não conseguir o mesmo nível de reconhecimento ou sucesso. Ainda assim, é lembrado por muitos como um testemunho do impacto cultural e da influência que Mortal Kombat teve, inspirando desenvolvedores a experimentar e inovar dentro do gênero de luta.

5. BloodStorm (1994) – Arcade

Em 1994, a colaboração entre a Strata e a Incredible Technologies trouxe ao mundo dos arcades um novo desafiante no cenário de jogos de luta: BloodStorm. Esse título, logo de início, deixou claro que tinha aspirações maiores, buscando conquistar uma parcela do público fiel a Mortal Kombat.

O que diferenciava BloodStorm de muitos outros títulos era sua ênfase na brutalidade. Não apenas se contentando com movimentos de finalização elaborados, o jogo introduziu o desmembramento como uma característica central. Braços e pernas poderiam ser arrancados durante a luta, adicionando um elemento de estratégia e brutalidade raramente visto.

Enquanto Mortal Kombat era conhecido por sua violência e fatalidades, BloodStorm tentava ir além. No entanto, não foi apenas a violência que fez de BloodStorm uma adição notável. Seus cenários pós-apocalípticos, personagens distintos e uma história elaborada ajudavam a definir sua identidade.

Apesar de suas tentativas de se destacar, BloodStorm não alcançou o mesmo nível de sucesso e reconhecimento que Mortal Kombat. Contudo, para aqueles que se aventuraram por seus cenários sombrios, oferecia uma experiência única, que ao mesmo tempo lembrava e diferenciava-se de seu ilustre inspirador.