Pular para o conteúdo
Início » Relembre as curiosidades mais insanas de Doom e a era dourada dos jogos FPS

Relembre as curiosidades mais insanas de Doom e a era dourada dos jogos FPS

Com o anúncio bombástico de Doom: The Dark Ages, a franquia que praticamente definiu o gênero FPS (First-Person Shooter) volta aos holofotes com mais brutalidade medieval do que nunca. E com essa nova leva de hype, nada melhor do que mergulhar no passado e revisitar as curiosidades, lendas e loucuras que cercam o universo de Doom e os jogos de tiro em primeira pessoa dos anos 90 e 2000 — uma era de ouro que moldou o que conhecemos hoje como gaming moderno.

Se você é fã de Doomguy, Quake, Wolfenstein ou qualquer outro shooter raiz, prepara o coração e vem com a gente nessa viagem nostálgica que vai te deixar com vontade de reinstalar aquele disquete velho do MS-DOS!

O nascimento do caos: Doom e a revolução de 1993

Lançado em 10 de dezembro de 1993, o primeiro Doom chegou chutando a porta — literalmente. Criado pela lendária id Software, com nomes como John Carmack, John Romero, Tom Hall e Adrian Carmack, o jogo levou o mundo dos games a um novo patamar de violência, velocidade e tecnologia.

Mas o que muitos não sabem é que Doom não foi o primeiro FPS. Esse título vai para Wolfenstein 3D (1992), também da id Software. No entanto, foi Doom quem popularizou o gênero, graças à sua jogabilidade visceral, gráficos revolucionários para a época, e uma trilha sonora inspirada em bandas de metal como Metallica, Slayer e Pantera.

Curiosidade 1: Doom foi um dos primeiros jogos a ser “pirateado” em massa

Na verdade, Doom foi distribuído gratuitamente como shareware — você podia jogar o primeiro episódio de graça e, se quisesse continuar, comprava os outros dois. Isso fez com que o jogo se espalhasse como fogo em palha seca nos disquetes de lan houses, escolas e até em empresas. Estima-se que mais de 15 milhões de pessoas jogaram Doom em seu primeiro ano, um número absurdo para a época.

Curiosidade 2: Doom rodou até em teste de gravidez!

Não, você não leu errado. Com o passar dos anos, programadores do mundo todo começaram a usar Doom como benchmark de performance. O resultado? O jogo já foi portado para calculadoras, impressoras, geladeiras inteligentes, relógios, tratores e até um teste de gravidez digital (sim, com tela de pixels e tudo!).

Isso se tornou uma espécie de “meme técnico” entre os devs: se tem uma tela e um processador, dá pra rodar Doom!

A explosão dos FPS nos anos 90 e 2000

Depois do sucesso avassalador de Doom, surgiram dezenas de jogos tentando capturar a mesma essência. Alguns seguiram o estilo gore e demoníaco, outros buscaram inovar em ambientação ou gameplay. Veja alguns dos mais icônicos que marcaram essa época:

Duke Nukem 3D (1996)

O rei da arrogância dos videogames chegou chutando bundas e soltando frases épicas como “It’s time to kick ass and chew bubble gum… and I’m all outta gum.” Com armas absurdas e muito humor ácido, Duke Nukem se tornou um ícone dos anos 90 e um rival direto do Doomguy.

Quake (1996)

Também da id Software, Quake levou o FPS para o ambiente 3D completo, com polígonos reais, trilha sonora de Trent Reznor (Nine Inch Nails) e uma ambientação sombria e gótica. Foi um marco na história dos jogos, principalmente no multiplayer.

Half-Life (1998)

A Valve entrou em cena com Half-Life, e mudou tudo de novo. Ao invés de simplesmente atirar em tudo que se mexe, você vivia uma história intensa e contínua, sem cutscenes, com ambientação sci-fi e muito mistério. Foi um divisor de águas na narrativa de jogos de tiro.

Unreal Tournament (1999) e Counter-Strike (1999)

Enquanto Unreal Tournament dominava as lan houses com seu ritmo frenético e armas exóticas, Counter-Strike nascia como um mod de Half-Life e se tornava uma febre mundial que redefiniu o FPS competitivo até os dias de hoje.

Curiosidade 3: Doom quase foi proibido no Brasil

Devido à sua temática demoníaca, violência intensa e gráficos “realistas” (para 1993, claro), Doom foi alvo de censura e polêmicas em diversos países, inclusive no Brasil. Em 1999, após o massacre de Columbine, houve uma forte campanha contra jogos violentos, e Doom esteve no centro da discussão. Mesmo sem provas concretas, muitos acusavam o jogo de influenciar negativamente os jovens.

Curiosidade 4: Doom teve uma versão censurada no Super Nintendo

Sim! Doom foi portado para o Super Nintendo em 1995, algo quase impossível devido às limitações técnicas do console. Para isso, usaram o chip Super FX 2 (o mesmo de Star Fox), mas o jogo sofreu fortes censuras gráficas e de conteúdo, com menos violência e mudanças no design de alguns monstros.

Ainda assim, era incrível ver Doom rodando em um console da Nintendo!

Doom Eternal e agora, Doom: The Dark Ages

Depois de anos sumida, a franquia Doom voltou com força total em 2016, com um reboot que respeitou suas origens e adicionou mecânicas modernas. Em Doom Eternal (2020), a pancadaria foi elevada ao extremo com um gameplay ainda mais frenético, trilha sonora absurda e visuais de tirar o fôlego.

Agora, com o anúncio de Doom: The Dark Ages, a franquia dá um salto inesperado para uma ambientação medieval, mantendo o DNA brutal e visceral que sempre a definiu, mas com escudos, armaduras e novas criaturas infernais. O hype está lá no teto!

FPS raiz vs FPS moderno

Os FPS dos anos 90 tinham um charme único: movimentação rápida, mapas labirínticos, pouca história e muita bala. Hoje em dia, os jogos do gênero tendem a ser mais cinematográficos, com foco em storytelling, gráficos realistas e jogabilidade online competitiva.

Mas com o retorno de Doom e a força da nostalgia, cada vez mais vemos uma tendência de reviver elementos clássicos com gráficos modernos. Jogos como Dusk, Ion Fury e até remakes como System Shock mostram que o FPS retrô está mais vivo do que nunca.

Doom nunca morre

Seja enfrentando demônios em Marte com um BFG nas mãos, dando tiros em zumbis nazistas ou soltando granadas em arenas futuristas, o FPS é um gênero que nunca saiu de moda — e Doom é a alma desse legado.

Com a chegada de Doom: The Dark Ages, estamos prestes a ver mais uma reinvenção do inferno em pixels. Mas, enquanto esperamos por mais detalhes do lançamento, nada melhor do que lembrar de onde tudo começou.

Então, prepare sua shotgun, ajuste o brilho no monitor CRT e redescubra os jogos que ensinaram a gente a mirar, atirar e não perguntar nada depois.

Marcações:
Melhores Jogos de Plataforma para Gamecube As 5 Escolhas Mais Difíceis em Games Silent Hill 2 Remake