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Quase 40 anos depois, este continua sendo um dos jogos mais épicos já feitos: Contra III – The Alien Wars

Se você cresceu nos anos 90, com certeza já ouviu falar ou passou horas em frente à TV enfrentando hordas de alienígenas em um dos jogos mais intensos, difíceis e memoráveis do Super Nintendo: Contra III: The Alien Wars. Lançado originalmente em 1992, esse clássico da Konami não apenas marcou uma geração, como também ajudou a definir o que significava um jogo de ação com qualidade, desafio e diversão. E mesmo após quase 40 anos, ele ainda é lembrado com carinho por gamers do mundo inteiro.

Vamos relembrar esse verdadeiro monumento do retrogaming, mergulhando em sua história, jogabilidade, legado e por que ele continua sendo considerado um dos jogos mais épicos já feitos.

O início de uma guerra intergaláctica: a história por trás de Contra III

Contra III: The Alien Wars é o terceiro título principal da série Contra, que começou nos fliperamas em 1987 com o jogo original Contra, e rapidamente se tornou sinônimo de ação intensa e cooperação entre dois jogadores. Quando o Super Nintendo chegou em 1990, a Konami decidiu elevar a franquia para um novo patamar, aproveitando ao máximo o poder gráfico e sonoro do novo console da Nintendo.

A história se passa em um futuro apocalíptico, mais precisamente no ano de 2636, quando a Terra está mais uma vez sob ataque de uma raça alienígena liderada pelo vilão Red Falcon. Os heróis da vez são Jimbo e Sully, descendentes dos clássicos personagens Bill Rizer e Lance Bean, prontos para enfrentar as forças alienígenas em uma guerra sem precedentes.

Um banho de adrenalina: a jogabilidade que marcou época

Se há uma palavra que define Contra III, ela é intensidade. O jogo é conhecido por sua dificuldade extrema, tiroteios incessantes e uma trilha sonora alucinante que combina perfeitamente com a ação frenética.

A principal inovação foi o uso dos recursos técnicos do Super Nintendo, como o efeito Mode 7, que permitia criar ilusões de profundidade e rotação — algo que revolucionou os jogos da época. Isso fica evidente nas fases com visão aérea, onde o jogador pode girar o cenário e mirar em qualquer direção, o que era absolutamente inédito e empolgante para a época.

Além disso, os jogadores podiam carregar duas armas diferentes e alternar entre elas, o que trazia um novo elemento estratégico. Era possível, por exemplo, usar o Flame Thrower para inimigos próximos e o Spread Shot para cobrir áreas maiores. E mais: se o jogador segurasse os dois botões de tiro simultaneamente, disparava ambas as armas ao mesmo tempo — algo impensável nos jogos anteriores da série.

Inovação em cada fase

Cada fase de Contra III é um espetáculo à parte. O jogo possui seis estágios, e todos trazem desafios únicos, com inimigos variados, chefes colossais e cenários que vão desde cidades em chamas até bases alienígenas no espaço.

Um dos momentos mais marcantes do jogo acontece na primeira fase, onde o jogador encara tanques de guerra, helicópteros, corredores infestados de criaturas e um chefe gigantesco que explode a tela inteira. Tudo isso antes de completar sequer cinco minutos de jogo! Isso mostra como o jogo já começa colocando o jogador no limite.

Outro destaque é a quarta fase, com visão aérea, onde é necessário destruir seis bases alienígenas enquanto se evita uma infinidade de projéteis. A tensão é constante, exigindo reflexos rápidos e domínio do controle.

Modo cooperativo: a verdadeira experiência Contra

Um dos maiores atrativos da franquia sempre foi a possibilidade de jogar com um amigo. E Contra III não decepciona nesse quesito. O modo cooperativo é onde o jogo brilha ainda mais, pois exige uma sincronia entre os jogadores para sobreviver às intensas batalhas.

Quantos de nós não lembramos das tardes jogando com o primo ou o amigo da rua, combinando estratégias, dividindo power-ups e morrendo dezenas de vezes até decorar cada movimento dos chefes? Esse sentimento de “parceria na guerra” é o que ajudou a eternizar Contra III na memória coletiva dos gamers da época.

A arte da dificuldade: morrendo e aprendendo

Nos dias atuais, muitos jogos possuem tutoriais extensos, checkpoints frequentes e até modos de acessibilidade para facilitar a jornada do jogador. Mas nos anos 90, especialmente em jogos como Contra III, o lema era outro: “errar é aprender”.

Você tinha três vidas e poucos continues. Cada erro custava caro. Era comum reiniciar a fase inteira apenas por ter pulado um centímetro errado. Mas essa dificuldade extrema fazia parte do charme. Ela desafiava, frustrava e, ao mesmo tempo, viciava.

E é exatamente por isso que Contra III continua tão querido até hoje. Ele representa uma época em que os jogos não pegavam leve. Eles testavam sua paciência, coordenação e perseverança. E ao vencê-los, a sensação de conquista era indescritível.

Trilha sonora e design de som: um espetáculo à parte

Outro elemento que merece destaque é a trilha sonora de Contra III, composta por Miki Higashino e Masanori Adachi. Cada música é uma obra-prima de tensão e adrenalina, combinando perfeitamente com o ritmo alucinante do jogo.

Os efeitos sonoros também são memoráveis: tiros, explosões, gritos alienígenas — tudo foi cuidadosamente pensado para criar uma atmosfera de guerra total. Jogar com fones de ouvido na época era uma experiência quase cinematográfica.

Legado e impacto no mundo dos games

Mesmo quase quatro décadas após seu lançamento, Contra III continua sendo referência quando o assunto é jogo de ação. Ele influenciou diversos títulos posteriores, desde indies como Blazing Chrome até grandes franquias como Metal Slug.

Além disso, o jogo já foi relançado diversas vezes, em coletâneas da Konami, no Virtual Console do Wii, Wii U, no Nintendo Switch Online, e até mesmo no mini console Super NES Classic Edition.

Essas reedições mostram que há uma demanda constante por jogos que desafiem, emocionem e tragam aquele gostinho nostálgico dos tempos em que a diversão vinha em cartuchos de 16 bits.

Curiosidades que você talvez não saiba

  • Contra III tem nomes diferentes dependendo da região. No Japão, ele é conhecido como Contra Spirits.
  • O jogo foi censurado na versão europeia, chamada Super Probotector: Alien Rebels, onde os personagens humanos foram substituídos por robôs para evitar referências a violência real.
  • A versão japonesa permite continuar infinitamente, enquanto as versões americana e europeia são bem mais restritas, aumentando ainda mais a dificuldade.
  • A equipe da Konami envolvida no projeto foi parcialmente a mesma que trabalharia anos depois em clássicos como Castlevania: Symphony of the Night.

Contra III nos dias de hoje: ainda vale a pena jogar?

A resposta é um sonoro sim. Contra III: The Alien Wars continua sendo um dos melhores jogos de ação já criados. Ele é curto, direto ao ponto e ainda proporciona horas de diversão e desafio — especialmente se você quiser terminar sem usar continues.

É um verdadeiro testamento da criatividade, da ousadia e da excelência técnica dos desenvolvedores da Konami nos anos dourados dos videogames. Revisitar esse clássico é mais do que jogar: é reviver uma era em que cada partida era uma batalha e cada vitória, uma glória.

Se você ainda não teve a chance de jogar Contra III, ou se faz anos que não o revisita, vale muito a pena redescobrir essa joia do passado. Prepare-se para suar as mãos, decorar padrões de ataque e, principalmente, se divertir como nos velhos tempos.

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