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IREM Collection Vol. 2 – Análise para Nintendo Switch

O IREM Collection Vol. 2 traz à tona clássicos dos fliperamas dos anos 80 e 90 para o Nintendo Switch, oferecendo aos fãs de jogos retrô uma seleção que inclui GunForce, GunForce II e Air Duel. Apesar de prometer resgatar memórias de tempos gloriosos dos arcades, surge uma dúvida: será que essa coletânea vale o investimento? Coloquei as mãos nessas maravilha e vamos explorar cada detalhe para responder essa pergunta.

O Catálogo: Nostalgia com Uma Pitada de Imperfeição

A coletânea apresenta três jogos focados no gênero de tiro, cada um representando o estilo inconfundível da IREM durante sua era de ouro. No entanto, enquanto a nostalgia certamente chama a atenção, algumas falhas podem afastar jogadores que esperam uma experiência mais robusta ou refinada.

GunForce (1991):

Fonte: Divulgação


O primeiro GunForce é um jogo de tiro em estilo run-and-gun que, comparado aos padrões atuais, pode parecer bastante simplório. Lançado em uma época de ascensão dos shooters side-scrolling, o jogo apresenta gráficos e mecânicas que soam datados. Para quem quer revisitar as raízes da IREM, ele oferece um vislumbre interessante, mas sua simplicidade pode ser desanimadora frente a outros títulos da coleção.

GunForce II (1994):


Esta sequência é, sem dúvida, o destaque da coletânea. Conhecido por ter influenciado a criação de sucessos como Metal Slug, GunForce II traz visuais aprimorados, controles mais fluidos e uma evolução notável em relação ao jogo original.

A ação frenética, explosiva e polida captura perfeitamente o que há de mais divertido nos shooters retrô. Para os fãs da IREM ou de Metal Slug, este jogo sozinho pode justificar o interesse na coletânea. Contudo, ele ainda pode deixar a desejar para quem busca algo mais adaptado aos tempos modernos.

Air Duel (1990):
Representando o clássico estilo de tiro vertical dos fliperamas, Air Duel traz uma jogabilidade desafiadora e dois tipos de aeronaves jogáveis. Embora seja um título sólido e cativante para quem gosta de uma boa dose de nostalgia, ele pode parecer repetitivo e pouco inovador para os jogadores que preferem experiências mais diversificadas.

Apresentação e Desempenho: Nostalgia na Medida Certa

No Nintendo Switch, os jogos rodam sem problemas, mantendo os visuais originais e o design de som característico. Essa fidelidade é crucial para quem busca uma autêntica experiência arcade. Porém, a apresentação geral deixa a desejar em termos de extras. Não há conteúdo adicional como artes conceituais, entrevistas com os desenvolvedores ou recursos modernos, como leaderboards online ou co-op pela internet, que são frequentemente esperados em coleções retrô.

O design da interface e a qualidade da emulação são aceitáveis, mas a falta de aprimoramentos ou recursos adicionais pode decepcionar, especialmente para quem está acostumado com coleções mais caprichadas de outros estúdios.

Custo-Benefício: Vale a Pena?

Um dos pontos mais importantes para qualquer jogador é o custo-benefício, e aqui a coletânea divide opiniões. Para fãs dedicados do catálogo da IREM ou entusiastas de jogos de fliperama raros, o valor sentimental e histórico pode justificar o preço. No entanto, pelo valor de cerca de R$ 115, a proposta pode parecer cara para a maioria, considerando que são apenas três jogos sem grandes melhorias ou extras relevantes.

Se compararmos com outras coleções retrô disponíveis no Switch, como o Capcom Arcade Stadium, que oferece uma maior variedade de títulos e aprimoramentos modernos, o IREM Collection Vol. 2 parece limitado. Para aqueles que não têm uma conexão prévia com esses jogos específicos, a falta de contexto histórico ou conteúdos adicionais faz o pacote parecer ainda menos atrativo.

Veredito Final: Para Um Público Seleto

O IREM Collection Vol. 2 é uma experiência que provoca sentimentos mistos. Por um lado, ele tem um apelo inegável para os fãs dedicados e entusiastas de jogos retrô, especialmente com GunForce II, que é o ponto alto da coleção. Por outro, a seleção limitada e a ausência de recursos modernos tornam difícil recomendar a coletânea para jogadores casuais ou para aqueles sem familiaridade com o legado da IREM.

Se você é um amante de shooters clássicos e valoriza uma emulação fiel à experiência original, talvez o investimento valha a pena. Mas para o público geral, a recomendação é esperar por uma promoção ou buscar coleções mais completas e diversificadas no mercado.

Em resumo, o IREM Collection Vol. 2 é um pacote para aqueles que realmente valorizam a nostalgia e estão dispostos a pagar por isso, mas pode ser um investimento questionável para quem busca um pouco mais de variedade e modernidade em jogos retrô.